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Póros

Uma cidade plural é um lugar que acolhe os fluxos, as trocas e os contatos entre múltiplas comunidades. É um espaço regenerativo que convoca humanos e mais que humanos para um debate em torno de caminhos, de transgressão e imaginação, com vista à (re)definição de outras ontologias e cartografias possíveis. O pensamento mais do que humano ajuda a reformular como a cidade pode ser concebida, além da atual perspetiva centrada no homem, para que esta possa ser projetada, governada e vivida como um lugar biodiverso e ecocêntrico. Esta intervenção, enquanto parte de uma ação mais ampla, explora a convergência entre ação política e ecologia, e o seu potencial de reposicionar uma reflexão profunda sobre padrões alternativos de ser, fazer e viver em vizinhança.

Póros é uma instalação escultura-sonora-performativa que propõe o diálogo corpóreo entre comunidades distintas que habitam o território (animais, vegetais, minerais).

Constituída por diversos módulos/braços capazes de propor interações diferentes com o local de implementação (jardim de aromáticas, espelho de água, banco, depósito de água, banca expositiva, tabuleiros amovíveis) convida o público para uma participação efetiva e poética.

Esta proposta de repensar o espaço público e as suas relações com a envolvente, conta com a ativação da estrutura através de uma performance duracional (3 horas). Três performers evocam corporalmente a porosidade entre os elementos internos e externos à instalação, como o Outro (humano e mais que humano), o vento, os cheiros, as sensações, a palavra, o ruído, as cores...

Através desta ação, o público é instigado para um lugar de decrescimento, um respirar mais pausado e consciente do território que o circunda, um estado latente de fazer e ser parte de um lugar comum e de vizinhança.

No decorrer da performance é oferecido ao público excertos deste jardim, como pequenas especulações poéticas depositadas nas mãos de cada um.

O que será que cada um de nós fará com esta possibilidade de vida depositada nas nossas mãos?

Info

Apresentações:

  • 25 Setembro 2021
    Praça da Alegria (Porto) @ MEXE

Criação coletiva
Arlindo Pereira, Beatriz Veríssimo, Bruno Boaro, Carina Moutinho, Elvira Magalhães, Fernando Almeida, Filipe Lopes, Idália Rosalita, Inês Carneiro, Inês Lopes, Janne Schröder, João Miguel Ferreira, Juliana Pereira, Laurinda Rocha Magalhães, Lucelina Rosa, Manuel Fernandes, Manuel, Maria José, Maria José Pereira, Quico, Rodrigo Malvar, Rosa Mota, Sérgio Couto e Simão Collares.

Duração
180 min. aprox.

Produção
PELE

Cofinanciado
Direção-Geral das Artes 
Norte 2020
 

Apoio
Junta de Freguesia de Campanhã
STCP

A PELE é uma estrutrura residente na Casa D'Artes do Bonfim numa parceria com a Junta de Freguesia do Bonfim