Murmuro
Ao alcançar o topo da montanha sentimos a adrenalina, a euforia, e daí, observamos com maior clareza a incerteza.
Vivemos tempos frenéticos onde as polarizações nos lançam para lugares de profunda instabilidade. Assumimos a tensão e o conflito como elementos inerentes das nossas rotinas. Reconhecemos manifestações outras que radicalizam os meios e as formas através das quais celebramos. Manifestações que profanam os nossos corpos, que aceleram a consciência da nossa finitude, que canibalizam o ato social como mecanismo ritualista de autoflagelação do ser e permanecer vivo.
Celebramos para resistir. Vivemos!
Murmuro é uma criação coletiva que instigou jovens dos 17 aos 23 anos a problematizar uma questão central: o que é ser jovem hoje? Falta de compreensão, pressão social, falsidade, preconceito, capitalismo, consumismo, inseguranças, sabotagem e colapso foram apenas algumas das palavras-conceito que emergiram e alicerçaram a criação desta performance.
Atos de resistência, metanarrativas sobre instabilidade e reflexões existencialistas informaram as práticas de experimentação e exploração artística, ativando o potencial de celebrarmos intensamente a circunstância de se ser jovem.
Dois jovens corpos tensionam realidades e falam-nos de colapsos contínuos. Falam-nos de amor, tensão e conflito.
Criação Coletiva
Direção Artística: Fernando Almeida
Sonoplastia: Rodrigo Malvar e Martim Marques
Interpretação: Inês Carneiro e Martim Marques
Direção de Produção: Carina Moutinho
Produção Executiva: João Soares
Design Gráfico: Sérgio Couto
Comunicação: Carolina Bravo
Vídeo: Carolina Ribeiro
Financiamento: Direção Geral das Artes
Apoios: Junta de Freguesia do Bonfim
Duração: aproximadamente 30 min
Faixa etária: M/12
Estreado a 30 de maio de 2024 - Adega/PELE (Travessa da Granja, 176 - 4300 - 251 Porto)