TransFemina

A Cidade Invisível – Cartografia(s) dos Caminhos Diários
TransFemina: Soundwalk na Estação Campanhã
29 de junho 2025
Porto, Portugal
No dia 29 de junho na Estação de Campanhã, no Porto, convidamos o público a uma experiência sonora imersiva e performativa, resultante do processo criativo ativado no Laboratório Local do Porto. A mesma desenhou-se a partir do mapeamento dos “caminhos diários”, um registo real, emocional e imaginário sobre o que vemos, ouvimos e sentimos no espaço público, mas também do que não vemos, do que não ouvimos e do que não sentimos, enquanto habitamos a cidade nos nossos quotidianos.
Este questionamento foi explorado criativamente ao longo das sessões, pesquisando e desafiando o modo como os nossos corpos ocupam o espaço público: através da presença, do movimento, do cuidado, da disrupção … Experimentamos o lugar da vulnerabilidade e da empatia enquanto forças poéticas e transformadoras dos espaços e das relações entre comunidades humanas e mais do que humanas, criando outras narrativas e imaginários, novas formas de ser, estar, resistir e desejar em coletivo.
Como muda a minha perceção do espaço ao caminhar de noite ou de dia? O que carrego ao longo do caminho? Como me encontro com outros? De que forma? Como é que me sinto quando paro, quando me mexo? O que me chama a atenção? Do que sinto falta?
No dia 29 de Junho haverá duas apresentações, uma às 18:00 e outra às 20:00. O acesso é gratuito, mas requer inscrição devido à lotação limitada que tem em consideração a movimentação do público pelos espaços da Estação de Campanhã e Terminal Intermodal.
A experiência ocorrerá em Português e aconselhada para maiores de 12 anos.
As inscrições estão esgotadas.
O TransFemina Soundwalk é uma criação PELE conta com o apoio da IP - Infraestruturas de Portugal, da STCP - Sociedade de Transportes Colectivos do Porto e da Junta de Freguesia do Bonfim.

O projeto TransFemina pretende contribuir ativamente para a promoção da coesão e inclusão social, envolvendo grupos normalmente sub-representados (mulheres, pessoas não-binárias, outras identidades e estatutos) em espaços de participação e tomada de decisão, numa perspetiva interseccional que convoca diferentes colectivos, artistas, ativistas, investigadores, urbanistas e/ou pessoas com poder de decisão política.
TransFemina: Intersectional Landscapes é um projeto de dois anos financiado pela Europa Criativa e uma colaboração entre três colectivos feministas de artistas, activistas e investigadores: PELE- Associação Social e Cultural, do Porto, Portugal; Collettivo Amigdala, de Modena, Itália; e Col-lectiu Punt 6, de Barcelona, Espanha.
O projeto consiste numa ação artística participativa em espaços públicos, envolvendo as comunidades locais de cada cidade no processo de co-criação de intervenções artísticas e passeios sonoros urbanos. O projeto também aprofundará a investigação sobre o desenvolvimento urbano através de uma lente feminista e interseccional e divulgará os seus resultados através de kits de ferramentas úteis. Para além disso, haverá também intercâmbios internacionais e workshops abertos a todos os cidadãos interessados. Os participantes envolvidos e o público vivenciarão um processo único de reapropriação e ressignificação colectiva do espaço público da cidade/bairro em que vivem, promovendo o seu direito à cidade e contribuindo para a abertura da transformação tangível e simbólica da cidade.

Col·lectiu Punt 6
Uma cooperativa sem fins lucrativos de planeamento urbano e arquitetura com mais de 17 anos de experiência local, nacional e internacional. Trabalham a partir de uma perspetiva feminista interseccional através da participação e ação comunitária. Estão empenhadas em repensar os espaços domésticos, comunitários e públicos a partir de uma perspetiva feminista, com mais de 400 projetos realizados em diferentes esferas. A Col·lectiu Punt 6 desenvolve as suas próprias metodologias que são adaptadas ao contexto e às pessoas com quem trabalham. Trabalham também em investigação, ensino e formação, tanto para a administração pública como para organizações sem fins lucrativos.

Collettivo Amigdala
O trabalho do Amigdala ativa diferentes níveis: criações artísticas originais, história pública e antropologia, educação para a cidadania ativa e cruzamentos urbanos. O coletivo realiza produções artísticas multidisciplinares, com uma vocação definida para metodologias de criação site-specific e community-specific. As produções do Amigdala assumem a forma de performances, projetos de arte pública, instalações, paisagens sonoras e têm sempre uma forte ligação ao local que as acolhe. Estas obras são apresentadas em Itália e no estrangeiro em festivais, revistas e iniciativas culturais. O festival Periferico é um dos seus principais projetos e é dedicado às ligações entre as artes performativas, as comunidades locais e o tecido urbano.