Cenários Futuros
O conceito de pós-natural refere-se a uma natureza que já foi amplamente moldada pela intervenção-conceção humana, onde as fronteiras entre o natural e o artificial são fluidas e dinâmicas. Ao ampliar a compreensão da paisagem como espaço manufaturado, moldado por forças ecológicas, culturais, económicas, éticas e estéticas, promovemos um diálogo sobre Domínio e (Re)produção no contexto contemporâneo. Este projeto atua como um ponto de encontro entre as práticas artísticas e ecologias, reimaginando a relação entre comunidades e paisagem, entre o humano e o mais-que-humano, entre o natural e o pós-natural, estimulando a criação de futuros coletivos alternativos mais harmoniosos.
Cenários Futuros
Instalação multimédia
Vivemos numa era em que a ação humana se tornou força geológica. Neste contexto, o natural já não se opõe ao artificial, mas revela-se como construção cultural e histórica da realidade. Cenários Futuros propõe uma reflexão simbólica sobre as múltiplas expressões da natureza no Antropoceno.
A partir de um processo de escuta da paisagem e dos corpos humanos e mais-que-humanos que a habitam ou constituem, criou-se um arquivo que procura revelar como mesmo os lugares aparentemente selvagens são palco de alterações profundas. Essas mudanças são impulsionadas por forças persistentes, como as alterações climáticas, o hiperconsumo, a poluição, a introdução de espécies exóticas, o capitalismo, entre outras.
Cenários Futuros, uma instalação multimédia, convida à escuta e à observação, propondo uma travessia onde natureza, cultura e sociedade deixam de ser categorias separadas para se entrelaçarem num mesmo gesto que se modela entre o real e o ficcional. Um mundo em contínua atualização, onde se tornam visíveis os paradoxos e tensões coletivas do presente.
Localização: Adega (Tv. Granja 176, 4300-251, Porto)
Visitas:
Inauguração - 26 setembro, 16:00
27 setembro, 3 e 4 de outubro:. 14:00 - 19:00
29 setembro - 2 outubro: por marcação (915 920 764)
Fotografias de Tito Mouraz
Direção artística: Fernando Almeida
Equipa artística: Carina Moutinho, Carolina Ribeiro, Fernando Almeida, Paulo César Silva, Rodrigo Malvar, Tito Mouraz
Contributos: Sr. Augusto, Sr. Avelino, Sr. José, Dona Adriana, Dona Luísa, Sr. António, Dona Arminda, Bruno Cerqueira, Banda Musical de Vila Verde, Ivo Campos, Maria Rita Queirós, José Lopes Coelho, António Cândido, Sr. Aníbal, Pirotecnia Inovadora Lda, e a todos os seres mais-que-humanos que aqui não conseguimos nomear.
Colaboração: Catarina Lacerda
Mediação: Martinho Antunes
Direção de produção: Carina Moutinho
Produção executiva: Tiago Silva
Comunicação: Sara Cunha
Design gráfico: Sérgio Couto
Agradecimentos: Liliana Brandão (Valoriza), Organização da travessia pascal pelo rio Homem, Ivo Campos (Sociedade Agrícola Quinta das Pontesinhas), Paulo Oliveira (Património Cultural IP), Vítor Gonçalves (Património Cultural IP), Paulo Macedo (Lago dos Cisnes), Pedro Machado (Braval), Sérgio (Braval), Pedro Araújo (CMA), Susana Antunes (JF Bouro, St Marta), Serração de São Vicente do Bico.
Criação: Pele
Cofinanciamento: República Portuguesa – Cultura, Direção Geral das Artes
Apoio: Município de Amares, Biblioteca Municipal Francisco Sá de Miranda, Património Cultural I.P., Clube Desportivo Recreativo e Cultural Amarense, Valoriza ADL, Encontrarte Amares, Braval, Sociedade Agrícola da Quinta das Pontesinhas, Junta Freguesia do Bonfim, Junta de Freguesia de Fiscal, Junta de Freguesia de Bouro, Santa Marta