Desaprender - Práticas experimentais para a criação coletiva
Poéticas e Políticas do Quotidiano
Breve introdução às práticas teatrais
O Teatro é, desde sempre, um espaço de representação, ressignificação e transformação da realidade. Propomos uma exploração de diferentes jogos, exercícios e metodologias que permitam uma experiência de um processo de criação coletiva. Será ainda brevemente introduzida a Técnica do Teatro Fórum, que integra o arsenal do Teatro do Oprimido, criado por Augusto Boal. Esta técnica propõe a reflexão, discussão e ação sobre temas do quotidiano e a sua representação teatral de forma a permitir o ensaio de alternativas para essas opressões. Estes processos de criação ativam o exercício ético, estético e político para a ação na vida real.
Paisagens sonoras
Este módulo constrói-se a partir de exercícios de escuta ativa e explorações sonoras com recurso à voz e a materialidades variadas.
A partir de um percurso sonoro, pontuado por indicações que despoletem processos de imaginação e transposição de sons externos e internos, reais e imaginados, experimentar-se-ão formas de registo de narrativas sonoras. Através destes processos, serão exploradas ferramentas de composição e improvisação coletiva, passíveis de serem aplicadas em qualquer grupo, com ou sem experiência musical.
Ecocentrismo nas Práticas Artísticas Coletivas
Poder e controlo sobre as coisas do meio ou desconstrução de relações de poder
A partir de uma multiplicidade de práticas e experiências coletivas endereçamos o binómio Poder e Controlo enquanto território de exploração e reflexão artística. O ato de caminhar, referenciado pela psicogeografia e geografia urbana, como instrumento gerador de escuta ativa, a recusa da mecanização como processo desconstrutor de relações de poder, a regeneração de relações sensoriais potenciadoras de horizontalidade e reciprocidade, serão algumas das intencionalidades abordadas neste módulo.
Políticas do Cuidado
Dispositivos de escuta, investigação e experimentação
Tendo em conta a dimensão do cuidado como um fio que relaciona e transpõe diversos campos do conhecimento, ativaremos a conexão entre as/os/es participantes criando momentos de pausa, suspensão e experimentação. A partir da interação com objetos e dispositivos sensoriais, procuraremos ampliar as perceções, ferramentas e possibilidades de observação, escuta, investigação e contacto com a/o/e outra/o/e. O encontro tem como objetivo central potenciar o ato de cuidar como um método e uma experiência investigativa, com o potencial de despoletar novos processos colaborativos, estéticos e políticos.
Corpo coletivo no espaço público
Neste módulo serão abordados conceitos de questionamento e apropriação do espaço público, a partir da sua materialidade, mas também enquanto construção assente em fluxos e rotinas de vivência, de interações sociais e encontros com o desconhecido. Considerando o espaço público como um processo constante de transformação e regeneração, como poderemos criar disrupções criativas, interrupções poéticas, momentos de pausa, respiração e observação atenta ao seu ADN? Através dos nossos próprios corpos, estabeleceremos diálogos críticos e criativos com as dinâmicas humanas e mais que humanas manifestadas no espaço público, intervindo neste lugar de pertença e propondo outras formas de estar, coexistir e interagir.
Info
Apresentações:
- 3 Julho 2023Adega, Azevedo, Porto
- 4 Julho 2023Adega, Azevedo, Porto
- 5 Julho 2023Adega, Azevedo, Porto
- 6 Julho 2023Adega, Azevedo, Porto
- 7 Julho 2023Adega, Azevedo, Porto
- 8 Julho 2023Adega, Azevedo, Porto
Realização
Pele
Facilitadores/as
Maria João Mota, Inês Lapa, Fernando Almeida, Lucelina Rosa, Janne Schröder